quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O tratamento para a diabetes pode estar no veneno do ornitorrinco

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Pesquisadores australianos descobriram mudanças evolutivas notáveis ​​na regulação da insulina em duas das espécies de animais nativos mais emblemáticas do país – o ornitorrinco e o echidna – que poderiam abrir caminho para novos tratamentos para a diabetes tipo 2 em seres humanos.

Os resultados, agora publicados na revista Nature Scientific Reports, revelam que o mesmo hormônio produzido no intestino do ornitorrinco para regular a glicose no sangue também é surpreendentemente produzido em seu veneno.

O hormônio, conhecido como peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1, na sigla em inglês), é normalmente secretado no intestino de seres humanos e animais, estimulando a liberação de insulina para baixar a glicose no sangue. Mas o GLP-1 tipicamente degrada em poucos minutos.


Ação duradoura

 

Em pessoas com diabetes tipo 2, o curto estímulo desencadeado pelo GLP-1 não é suficiente para manter um equilíbrio adequado do açúcar no sangue. Como resultado, a medicação que inclui uma forma mais duradoura do hormônio é necessária para ajudar a fornecer uma liberação prolongada de insulina.
“Nossa equipe de pesquisa descobriu que os monotremes – nosso icônico ornitorrinco e o echidna – evoluíram alterações no hormônio GLP-1 que o tornam resistente à rápida degradação normalmente observada em seres humanos”, diz o co-autor Frank Grutzner, da Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade de Adelaide e do Instituto de Pesquisa Robinson.
“Nós descobrimos que o GLP-1 é degradado em monotremes por um mecanismo completamente diferente. A análise mais aprofundada da genética dos monotremes revela que parece haver uma espécie de guerra molecular acontecendo na função do GLP-1, que é produzido no intestino, mas surpreendentemente também em seu veneno”, diz ele.
O ornitorrinco produz um veneno poderoso durante a estação de criação, que é usado na competição entre os machos pelas fêmeas. “Descobrimos funções conflitantes de GLP-1 no ornitorrinco: no intestino como um regulador da glicose no sangue, e no veneno para afastar outros machos ornitorrincos durante a época de reprodução. Este cabo de guerra entre as diferentes funções resultou em dramáticas mudanças no sistema GLP-1 “, diz a co-autora Briony Forbes, da Faculdade de Medicina da Universidade Flinders.
“A função no veneno provavelmente desencadeou a evolução de uma forma estável de GLP-1 em monotremes. Excitantemente, as moléculas de GLP-1 estáveis ​​são altamente desejáveis ​​como potenciais tratamentos de diabetes tipo 2”, celebra ela.


Convertendo achado em tratamento

 

“Este é um exemplo surpreendente de como milhões de anos de evolução podem moldar moléculas e otimizar sua função. Essas descobertas têm o potencial de ajudar no tratamento da diabetes, um dos nossos maiores desafios na saúde, embora como exatamente podemos converter esse achado em um tratamento precisará ser assunto de pesquisa futura”, prevê Grutzner.
O GLP-1 também foi descoberto no veneno de echidnas. Mas enquanto o ornitorrinco tem esporas em seus membros traseiros para liberar uma grande quantidade de veneno para o seu adversário, não há tal estímulo em equidnas.

“A falta de um esporão em equidnas continua a ser um mistério evolutivo, mas o fato de que tanto ornitorrincos quanto equidnas evoluíram a mesma forma duradoura do hormônio GLP-1 é em si um achado muito emocionante”, diz o pesquisador.

Fonte: Science Daily

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Nas profundezas do oceano, Tubarão-fantasma é filmado vivo pela primeira vez





 Nas profundezas do oceano, muito depois do ponto onde os raios de sol podem penetrar, entramos no reino dos tubarões-fantasma. Também chamados de quimeras, esses peixes raramente são vistos por pessoas.

Agora, cientistas do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey, na Califórnia, EUA, compartilharam um vídeo, pela primeira vez, de um desses animais vivos nadando no oceano – e a filmagem é fascinante.

Imagens importantes

 

Parentes de tubarões e raias, esses habitantes do fundo do mar se separaram desses outros grupos há cerca de 300 milhões de anos.
Embora os tubarões-fantasmas estivessem deslizando pelas profundezas desde muito antes dos dinossauros, sabemos muito pouco sobre eles. Logo, o vídeo recentemente lançado pode nos ajudar a compreender um pouco melhor essas criaturas misteriosas.



 

A surpresa

 

Em 2009, o instituto americano enviou um veículo operado remotamente em vários mergulhos a profundidades de mais de 2.000 metros, em águas ao largo da Califórnia e do Havaí.
Eles não estavam procurando tubarões-fantasmas, mas um desses peixes continuava a aparecer na frente da câmera. A espécie não se assemelhava a nenhum tubarão-fantasma conhecido por frequentar qualquer uma dessas regiões.
Para descobrir sua identidade, o instituto pediu a ajuda de Dave Ebert, da Universidade do Estado da Califórnia, e outros especialistas em tubarões-fantasmas.
A equipe analisou o vídeo e acredita que o animal visto é uma quimera azul de nariz pontiagudo (Hydrolagus trolli), uma espécie de tubarão-fantasma geralmente encontrada na Austrália e Nova Zelândia.

 

Inédito

 

Embora o tubarão-fantasma não seja novo para a ciência, o vídeo é incrivelmente interessante por se tratar da primeira vez que uma quimera azul pontiaguda é vista viva em seu habitat natural.
Se Ebert e seus colegas estiverem corretos, essa também é a primeira descoberta desta espécie no Hemisfério Norte.
Infelizmente, não podemos ter certeza a menos que obtivermos o DNA de um espécime real, o que não é fácil. Uma das melhores e únicas maneiras de conseguir isso é usar uma rede para coletar um animal nas profundezas, mas o peixe chega geralmente morto na superfície.

 

Novas informações

 

Mesmo sem um espécime físico, o vídeo fornece uma riqueza de informações. Em primeiro lugar, ao contrário de muitas criaturas das profundezas, esta parece gostar da câmera e suas luzes brilhantes.

Além disso, os afloramentos rochosos no fundo do vídeo sugerem que as quimeras azuis pontiagudas preferem este habitat ao terreno plano, de fundo macio, que normalmente é o domínio de outras espécies de tubarões-fantasmas.
Ao contrário dos tubarões mais conhecidos, as quimeras não têm fileiras de dentes ásperos; em vez disso, mastigam moluscos, larvas e outros moradores do fundo do mar com placas de dente mineralizadas.
E, talvez mais fascinante, as quimeras masculinas ostentam órgãos sexuais retráteis na testa.

 

Mundo misterioso

 

Pelo menos outras três espécies de quimera provavelmente vivem em todos os oceanos do mundo, então não é tão surpreendente que esta tenha sido encontrada em uma região inesperada.
Os pesquisadores suspeitam que muitas espécies de tubarões-fantasmas sejam abrangentes, mas nós simplesmente não tenhamos dados sobre elas.
“Esses peixes são apenas uma das muitas espécies bonitas e pouco estudadas que compartilham este planeta conosco”, afirma Dominique Didier, biólogo marinho e especialista em quimeras da Universidade Millersville, nos EUA.

Fonte: NatGeo

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Imagens apaixonantes de camaleões filhotes, confira

Você sabia que os camaleões têm a capacidade de girar seus olhos separadamente, em um arco de 180 graus, o que lhes dá um campo de visão de 360 graus?

Além disso, você sabia que esses lagartos coloridos têm filhotes super fofos? Muito mesmo. Temos dez provas que vão fazer você se apaixonar por esses animais:



















terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Reaparece um misterioso animal um século após ter sido descoberto



Um animal misterioso que mais parece uma bolha foi finalmente avistado, mais de um século depois de ter sido descrito pela primeira vez.

O invertebrado translúcido, chamado Bathochordaeus charon, foi identificado recentemente ao largo da costa de Monterey, na Califórnia, EUA, por cientistas usando um veículo operado remotamente (VOR).

O animal

De acordo com o “redescobridor” do animal, Rob Sherlock, cientista do Monterey Bay Aquarium Research Institute, B. charon pertence a um grupo de criaturas marinhas conhecidas como larváceas, criaturas geralmente com milímetros de comprimento cujo corpo se assemelha a um girino, com uma grande “cabeça” (na verdade um tronco) e uma cauda.

Embora o mar esteja repleto de minúsculas larváceas, as versões maiores, que podem ter corpos estendendo até 10 centímetros, são muito menos comuns.

Para comer, a “bolha marinha” filtra alimento através de um muco brilhante em sua volta (como uma “casa”) com quase um metro de comprimento. Acenando sua cauda, agita a água e puxa as partículas para dentro.

Se um animal atravessa essa “casa”, ou se grandes partículas entopem o tubo de alimentação, as larváceas simplesmente se movem e constroem outra casa. Sem elas, os animais não podem comer.

A confusão

O primeiro relato da existência de B. charon ocorreu em 1899, quando o professor Carl Chun, da Universidade de Leipzig, na Alemanha, encontrou um espécime no Oceano Atlântico Sul enquanto liderava a Expedição de Valdivia, uma missão alemã destinada a explorar o mar profundo.

Chun acreditava que a criatura brotava das profundidades do oceano, de modo que nomeou a larvácea em homenagem a Caronte, que na mitologia grega transporta as almas dos mortos através do rio Styx.

Nas décadas que se seguiram, vários outros naturalistas relataram ter encontrado larváceas gigantes, embora apenas algumas tenham sido capturadas vivas e descritas. Em 1936, por exemplo, o biólogo marinho britânico Walter Garstang coletou larváceas gigantes que diferiam da descoberta por Chun, classificadas como uma nova espécie, Bathochordaeus stygius.

Como os dois espécimes eram semelhantes e os originais de Chun foram perdidos para a história, os cientistas eventualmente começaram a se perguntar se B. charon era na verdade a mesma espécie de B. stygius.

A confirmação

Parte da dificuldade em capturar essas criaturas é que elas morrem nas redes tipicamente usadas para coletar os espécimes. Quando Sherlock e seus colegas avistaram um possível B. charon com o veículo, cuidadosamente o coletaram em um recipiente selado, com isolamento térmico.



O animal chegou aos pesquisadores vivo e em ótima forma. Análises genética e de características físicas confirmaram o achado.

Quando a equipe assistiu novamente vídeos da baía de Monterey dos últimos 25 anos, eles perceberam que a criatura tinha sido observada muitas vezes. Ainda assim, esta “bolha do mar” é razoavelmente rara; ao longo das últimas décadas, os biólogos viram centenas de B. stygius, mas apenas uma dúzia de B. charon.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Veja esta criatura que apareceu em uma praia na Nova Zelândia

Esta monstruosidade varrida pelo mar a uma praia na Nova Zelândia está apavorando as pessoas




A população local da praia de Muriwai, região norte da Nova Zelândia, compareceu em peso para conferir o que tem sido chamado de Monstro de Muriwai. A enorme massa de tentáculos negros com conchas tem causado pavor nas pessoas mais impressionáveis.

As primeiras imagens da criatura foram feitas pela moradora local Melissa Doubleday, que relata que encontrou o ser vivo ainda se mexendo. “Na verdade achei que era uma baleia encalhada quando me aproximei, foi tão estranho. Parece minhocas com conchas que nunca vi antes e com essas criaturas engraçadas que ficam saindo delas”, descreve.

Já a moradora Rani Timoti disse que o objeto definitivamente parece estar vivo. “Tem um cheiro de podre e quando você olha de perto tem essas minhoquinhas que se mexem”, diz ela.



De acordo com a Sociedade de Ciências Marinhas da Nova Zelândia, o objeto é provavelmente um tronco de árvore coberto com pedunculata, um crusácio marinho filtrador que se fixa sobre uma superfície dura como rochas ou objetos flutuantes.

Há várias espécies de pedunculatas, mas esta específica parece ser Lepas anatifera, que se fixa à superfície com um pé carnudo chamado pedúnculo, que chega a ter 80 cm de comprimento. O resto do corpo desse animal é chamado apitulum (ou unha), que é revestido por várias conchas calcárias.

Infelizmente para essas criaturas, uma vez que elas se fixam em alguma superfície, ficam ali por toda a vida, sem conseguir se mudar para outro local. Eles produzem um tipo de cimento que os fixa permanentemente na superfície.

“Tudo nele morreu agora, e tem um cheiro muito ruim. Fui lá ontem para dar outra olhada”, relatou Doubleday em seu Facebook. Esta não é a primeira vez que objetos marinhos estranhos emergem no litoral da Nova Zelândia. No último mês de novembro, depois do forte terremoto de magnitude 7.8 que sacudiu o país, o leito oceânico de uma praia foi erguido acima do nível da água, expondo textura e criaturas interessantes.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Os mais incríveis lagos vulcânicos

Lagos vulcânicos podem surgir de maneiras diferentes. A primeira forma é simplesmente quando uma cratera se enche de água. A segunda maneira é, quando um vulcão entra em erupção, como grandes quantidades de magma são liberadas, a câmara de magma esvaziada desaba sob o peso da terra e, com isso, um grande recuo chamado caldeira surge. Eventualmente, a caldeira se enche de água, nos presenteando com esses belíssimos lagos.
Todos eles têm um passado explosivo, um presente bonito e majestoso, e um futuro potencialmente devastador. Conheça os 10 lagos vulcânicos mais incríveis:

10 – Lago Ijen
 
 

O lago Ijen é uma cratera localizada na Indonésia. Ele está situado em um grupo de estratovulcões, no interior do vulcão Ijen. O lago de bela cor azul-turquesa é ácido e tem um quilômetro de largura.
Nele acontece um fenômeno conhecido como mineração de enxofre, já que há uma abertura que traz de enxofre para a superfície continuamente. O enxofre é levado para fora através de tubos de cerâmica, é depositado no chão e se resfria, se transformando em uma cor amarela brilhante.

9 – Caldeira Coatepeque
 

Coatepeque é uma caldeira vulcânica em El Salvador, formada depois de uma série de enormes erupções que aconteceram entre 72 mil e 54 mil anos atrás. Este lago tem cerca de 26 quilômetros quadrados, e é um dos maiores de El Salvador. O Coatepeque tem fontes de água quente ao longo de suas fronteiras, além de uma ilha chamada Teopan, que era um local sagrado importante para os maias.

8 – Lago Towada
 

O Towada é o maior lago de cratera no Japão, e o 12º maior lago do país. Ele está localizado em uma caldeira de um vulcão ativo, que teve a última grande erupção 13 mil anos atrás.
A última erupção devastadora conhecida foi há cerca de mil anos, com cinzas e fluxos piroclásticos que acabaram com os povos que ali viviam – e trouxeram uma considerável diminuição de temperatura que resultou em um inverno muito frio e fome severa.

7 – Monte Katmai
 

Monte Katmai é um estratovulcão complexo encontrado no sul do Alasca. No seu centro, há uma caldeira que forma um lago, com cerca de 4 quilômetros de diâmetro. A caldeira foi formada na erupção Novarupta de 1912. Pouco se sabe sobre o vulcão antes dessa enorme erupção, devido ao aspecto inabitável da área.
A erupção de 1912 foi uma das duas maiores do século 20 (a outra foi a de Mount Pinatubo, em 1991). A erupção durou 60 horas e fez com que a caldeira caísse criando uma cratera na montanha, que resultou no belo lago.

6 – Lago Laach
 

O Laach é um lago de caldeira, com cerca de 9 quilômetros de diâmetro, localizado na Alemanha, a apenas 8 quilômetros de distância do rio Reno. A caldeira foi formada após uma erupção que ocorreu cerca de 12,9 mil anos atrás. A erupção do Laacher causou um resfriamento global, e piroclasto (rocha sólida expelida para o ar pela erupção) ainda pode ser encontrado na Europa.

5 – Lago Taupo
 

O Taupo é o maior lago da Nova Zelândia, e acredita-se que ele surgiu cerca de 26,5 mil anos atrás. A erupção que deu origem ao lago é a maior conhecida em pelo menos 69 mil anos. A coluna de erupção teria sido duas vezes maior que o da erupção Monte Santa Helen, e registros históricos da China e de Roma afirmaram que o céu ficou vermelho em decorrência da erupção. Este vulcão é atualmente considerado dormente, mas provavelmente irá despertar de seu longo sono em algumas centenas de anos.

4 – Lago Toba
 

O Toba é uma enorme caldeira localizada na Indonésia. Com 100 quilômetros de comprimento e 30 de largura, ele é o maior lago vulcânico do mundo.
Surgiu há aproximadamente 70 mil anos, quando um vulcão entrou em erupção na maior explosão vulcânica em pelo menos 25 milhões de anos. Essa erupção causou um inverno global, que teria matado a maioria dos seres humanos vivos no momento. Tal situação criou um gargalo populacional na região central da África Oriental e na Índia, o que afetou a diversidade genética de todos na Terra.

3 – Lago Crater
 

O Crater é um belo lago de caldeira localizado nos EUA. Tem uma deslumbrante cor azul profunda e é a principal atração do parque Crater Lake National Park. O lago não tem quase nenhum sinal de poluição, e é um dos mais puros reservatórios de água nos Estados Unidos, com uma claridade recorde de 43,3 metros.
O lago foi formado há 7,7 mil anos, quando o vulcão Monte Mazama desmoronou. Muitas histórias e lendas surgiram de tribos que teriam presenciado a formação do lago. Ele tem sido muito bem preservado devido à água fria em seu interior.

2 – Lago Heaven
 

O Heaven, ou “Céu”, está situado na fronteira entre a China e a Coreia do Norte. Situado dentro de uma caldeira, abrange 9,82 quilômetros quadrados. É um lago belíssimo tipicamente coberto por gelo de outubro a junho. É também o lar do lendário Monstro do Lago Tianchi. O primeiro avistamento da criatura aconteceu em 1903, quando ele supostamente atacou três pessoas e depois voltou para a água, após ser baleado seis vezes.
Em 1962, um homem que olhava através de um telescópio relatou que viu duas criaturas se perseguindo na água, e centenas de pessoas confirmaram o fato no mesmo dia. A descrição do monstro foi alterada ao longo dos anos. Em 2007, um repórter chamado Zhuo Yongsheng disse que gravou 20 minutos de vídeo que mostra seis criaturas não identificadas nadando no lago. Ele é fascinante, mas é preciso coragem para se aventurar pelas suas redondezas.

1 – Lago Nyos
 

O Lago Nyos é uma cratera com 2 quilômetros de comprimento situado na parte ocidental de Camarões. O lago tem uma câmara de magma abaixo dele, que constantemente infiltra dióxido de carbono para dentro do lago, transformando a água em ácido carbônico.
Ao longo dos milhares de anos escoando dióxido de carbono, o lago ficou saturado e teve alguns efeitos devastadores, o principal em 2 de agosto de 1986. Um deslizamento de terra fez com que o lago liberasse 1,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono. A nuvem sufocou mais de 1,7 mil pessoas e 3,5 mil cabeças de gado que estavam em um raio de 25 quilômetros do local.
Essa foi a primeira asfixia em massa conhecida devido a um evento natural. Após tal evento, o lago foi nomeado como o mais perigoso pelo livro Guinness World Records. Os cientistas ainda estão trabalhando na desgaseificação do lago para torná-lo mais seguro.

Bônus
 
Lagos de Lava: Os lagos de lava são ocorrências raras, que podem acontecer quando um vulcão permanece em erupção por um bom tempo para fornecer quantidade suficiente de lava. Atualmente existem apenas 5 lagos de lava ativos sobre a terra: Erta Ale, na Etiópia; Monte Erebus, na Antártida; Kilauea, no Havaí; Nyiragongo, na República Democrática do Congo e Villarrica, no Chile.


Piscina de Champagne: A Champagne Pool, ou Piscina de Champagne, não é um lago, mas é uma consequência surpreendente de uma erupção vulcânica. Ela fica na Nova Zelândia e tem seu nome pela quantidade de fumaça que libera, que é um efluxo abundante de dióxido de carbono, semelhante a um copo de champanhe borbulhante. A coloração alaranjada em torno das bordas é devido a depósitos de arsênico.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Gato mais raro do mundo



Todo gatólogo de plantão sabe que o ideal é adotar um bichano abandonado do que comprar algum e alimentar um comércio que muitas vezes é bastante cruel. Porém, para quem quer gatos de raça não existe alternativa: é necessário desembolsar uma grana alta para os animais mais exóticos. E a raça Caracat faz jus ao nome e é a mais cara do mundo, podendo chegar a quase R$ 80 mil!
O que faz dela ser tão especial é o fato de existirem apenas 30 espécimes no mundo. Ela é o resultado da mistura entre o selvagem felino caracal, também chamado de lince-do-deserto e lince-persa, com a raça Abissínio de gatos. Essa cruza começou em 2007, já que muita gente adotava o selvagem caracal como um animal doméstico, sendo que ele poderia se tornar agressivo.
Os caracais possuem uma tradição milenar: faraós do Antigo Egito eram frequentemente embalsamados junto com esses felinos, e imperadores da China o davam como presente. Apesar disso, eles não são iguais os gatos, podendo atacar seus donos.

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Filhotes de Caracats chegam a custar o equivalente a R$ 80 mil

Animal híbrido

A primeira geração de Caracats resulta em animais com tufos de pelos pretos nas grandes orelhas, garras bastante afiadas e guinchos ao invés de miados. Isso tende a desaparecer a partir da segunda geração, mas muita gente prefere os animais da primeira como se eles fossem “cães” de guarda – algo que desagrada alguns criadores.
A raça surgiu na Rússia, e a maioria ainda vem de lá. Por ser a mistura de um animal selvagem com um gato já domesticado, isso tem gerado muita polêmica. Isso porque a diferença de tamanho entre os dois animais é bastante grande: o caracal pode ser o três vezes maior do que um gato Abissínio!
Além disso, as duas espécies possuem períodos diferentes de gestação, o que normalmente acaba resultando na morte dos filhotes ainda na barriga da mãezinha. Isso tem incomodado os defensores dos direitos dos animais, que não concordam com essa cruza de espécies. Também é importante lembrar que os Caracts são animais híbridos, podendo desenvolver vários problemas de saúde ao longo da vida, como infecções intestinais e complicações com vacinas.

Cruza entre caracais e gatos Abissínios deu origem ao Caracat

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Arco-íris desprovido de cores, veja



Qual é a característica mais marcante dos arco-íris? As cores, você não concorda? E se disséssemos para você que não só existem diversos tipos de arco-íris, como inclusive uma variedade que é praticamente desprovida de cores e parece toda branquinha? Isso mesmo, um arco-íris albino, por assim dizer.
De acordo com David Nield, do portal Science Alert, esses arco-íris sem as cores são conhecidos pelo nome de arcos brancos e, assim como os arco-íris coloridos, eles ocorrem quando a luz solar atinge as gotículas de água presentes na atmosfera. A diferença é que esses fenômenos meteorológicos surgem quando os raios solares iluminam as gotas que se encontram em suspensão na neblina. Calma, já vamos explicar melhor...

Arco albino

No caso dos arcos brancos, o que acontece é que, como as gotículas de água presentes na neblina são muito menores do que as de chuva, a refração se dá com menor intensidade. Em outras palavras, como a dimensão das gotas são tão pequeninas, a dispersão da luz não ocorre e, portanto, a sua separação nas cores do espectro visível também não.

 
As gotículas de água se comportam de maneira semelhante ao prisma acima

As gotas de água que produzem os arco-íris funcionam mais ou menos como o prisma que você acabou de ver acima, produzindo todas as cores do espectro visível. Contudo, as gotículas que formam a neblina processam a luz de uma maneira distinta. Nesse caso, a principal diferença está na difração (quando a luz encontra um obstáculo) que a neblina provoca, fazendo com que a luz se disperse mais do que ela é refletida, deixando visíveis apenas as partes mais claras do arco.
Para que um arco albino perfeito se forme, é necessário que exista um banco de neblina relativamente difuso e pouco espesso, que permita que a luz solar passe através dele — e das gotículas de água. Na verdade, se algum dia você se deparar com um arco branco e olhar para ele com bastante atenção, vai notar que existe um pouquinho de cor sim, só que elas serão incrivelmente tênues. Veja um exemplo disso a seguir:

 
Observe como na base existe um pouco de cor

Com relação ao formato dos arcos brancos, segundo o pessoal da NASA, eles são formados pelas gotículas que se encontram exatamente no ângulo certo para desviar a luz solar diretamente na direção dos nossos olhos. Aliás, já que estamos no assunto do formato desses fenômenos meteorológicos, eles costumam ser bem mais largos do que os arco-íris convencionais, mas não tão grandes como eles.

Arcos de todos os tipos

Agora que você já conhece melhor os arcos brancos, deixe a gente falar um pouquinho sobre os demais tipos que existem! Existe um conhecido pelo nome de Glória, que se caracteriza por ser um fenômeno óptico cuja saturação de cores se encontra entre o arco-íris e o arco branco e aparece na forma de um halo sobre a sombra de um observador. Confira um exemplo:

 
Glorioso, você não concorda?

Também temos o arco lunar, que ocorre através do mesmo processo que forma os arco-íris convencionais, só que, em vez de ele ser produzido pela luz solar, é formado pela luminosidade da Lua. Vale destacar que, por conta de a quantidade de luz que chega até nós a partir do nosso satélite ser muito mais escassa do que a originária do Sol, os arcos lunares são bem mais tênues.

 
Arco lunar

Ainda existem arco-íris impressionantes com 360 graus, como um que foi avistado recentemente na Inglaterra — e que você pode conferir no vídeo a seguir:

 
Arco-íris como os das imagens acima, apesar de serem avistados apenas por alguns sortudos — que se encontram no lugar certo quando as condições ideais se apresentam —, são formados exatamente como os arco-íris normais. Eles podem ser vistos quando o observador se encontra em um ponto bem alto, como o cara que gravou o vídeo, que estava trabalhando em uma torre de observação com 170 metros de altura.
Na realidade, nós aqui em terra firme só não vemos esses arcos completos por estarmos próximos demais do solo! Quer ver uma mágica acontecer bem diante dos seus olhos? Então, assista a este vídeo incrível capturado por um drone em Cookstown, na Irlanda do Norte:



Incrível, não é mesmo? Pois deixamos você com mais uma imagem de tirar o fôlego de um desses fenômenos meteorológicos:

Deslumbrante

Fonte(s)
  • Science Alert/David Nield
  • NASA

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Curiosidades sobre raios

1 – Aproximadamente 24 mil pessoas morrem todos os anos no mundo em decorrência de incidentes envolvendo raios.

2 – Um único raio possui energia suficiente para torrar 160 mil fatias de pão.



3 – Em 1998, todos os 11 jogadores de um time de futebol na África morreram quando um raio atingiu o campo onde jogavam. Todos os membros do time adversário sofreram ferimentos.
4 – Em 1939, 835 ovelhas de um rebanho morreram quando um único raio caiu na fazenda onde elas se encontravam no estado norte-americano de Utah.



5 – Os homens são atingidos com uma frequência cinco vezes superior do que as mulheres.

6 – Algumas pessoas que são atingidas por raios podem apresentar um curioso efeito na pele chamado “Figuras de Lichtenberg” — que parecem ramificações de plantas.



7 – Os raios são cinco vezes mais quentes do que a superfície do Sol.

8 – Um estudo científico apontou que, se o aquecimento global não for freado, a incidência de raios no mundo deve aumentar em 50% até o ano de 2100.



9 – Existe uma tempestade permanente no Lago Maracaibo, na Venezuela, conhecida como Relámpago del Catatumbo que tem duração de cerca de 10 horas por noite, entre 140 e 160 noites por anos — e lá são registrados cerca de 1,2 milhão de raios anualmente.



10 – Algumas erupções vulcânicas são capazes de gerar poderosas descargas elétricas que podem levar à formação de raios imensos — alguns com mais de três quilômetros de extensão.

11 – Estima-se que a Estátua da Liberdade Seja atingida por cerca de 600 raios todos os anos.



12 – Em 1902, um raio destruiu o topo da Torre Eiffel, em Paris, e toda aquela parte do monumento teve que ser reconstruído.

13 – Os bongos africanos, uma espécie de antílope que habita as florestas tropicais do continente, costumam se alimentar da madeira queimada depois das tempestades com raios.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Jaewoon registra os encantos da Coreia do Sul através de reflexos na água

Talvez a Coreia do Sul ainda não faça parte dos seus planos de viagem. Mesmo assim, uma olhada atenta às fotografias capturadas pelo fotógrafo Jaewoon U, que mora em Seul, podem fazer qualquer um cogitar uma visitinha ao país.

Jaewoon registra os encantos da Coreia do Sul através de reflexos na água, seja em lagos ou rios espalhados pelo território coreano. Em alguns casos, o resultado são fotografias que se parecem com verdadeiras aquarelas e mostram a beleza única do país.

As imagens renderam ao fotógrafo mais de 20 mil seguidores no site 500px, onde suas fotos já foram visualizadas por 7 milhões de pessoas. Confere só a lindeza dos lugares clicados por ele:

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Todas as fotos © Jaewoon U